quarta-feira, 23 de maio de 2018

ETAPA II - CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - PROGRAMA NACIONAL CAPACITASUAS


Atenção, Trabalhadores/as, Conselheiros/as e Gestores/as do SUAS de Mato Grosso.

No período de 18 a 22 de junho de 2018 será ofertado o Curso de Atualização para Elaboração de Planos de Assistência Social – Segunda Etapa, com carga horária de 40 horas/aula de duração e conteúdos previstos nesta
MATRIZ PEDAGÓGICA.

Para saber quais municípios poderão se inscrever para participar desta Segunda Etapa,
clique aqui.
 
A distribuição de vagas entre os municípios foi realizada de maneira uniforme, sendo que todos foram contemplados com 03 (três) vagas, distribuídas conforme o perfil dos participantes, devendo ser: 2 (duas) vagas para técnicos/trabalhadores do SUAS de nível superior, preferencialmente do quadro de profissionais efetivos, com conhecimento da política de Assistência Social, e estarem atuando na Gestão do SUAS e/ou no Provimento dos Serviços Socioassistenciais e/ou Gestor/a Municipal de Assistência Social e 01 (uma) vaga destinada ao Conselho Municipal de Assistência Social, conforme quadro abaixo:
 
 

Distribuição de Vagas

Perfil

Número de Vagas

Técnicos/as de Nível Superior que atuam na Gestão do SUAS e/ou  Provimento dos Serviços Socioassistenciais e/ou Gestor/a Municipal

 

2

Conselheiro/a (Titular) Municipal de Assistência Social

1

Sendo assim, cada Conselho Municipal de Assistência Social de Mato Grosso, deverá indicar 1 (um) conselheiro/a titular para participação no referido curso, podendo ser tanto representante governamental quanto não governamental.

Para a inscrição, certifique-se de que os participantes estejam cadastrados no CADSUAS, visto ser imprescindível para posterior lançamento no Sistema de Monitoramento Acadêmico – SIMA da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – SAGI/MDS.

Para acessar e preencher o formulário de inscrição
clique aqui.


Informamos e solicitamos que se cumpra o prazo de inscrição dos municípios participantes desta Segunda Etapa que se encerra em 05/06/2018, impreterivelmente.

Os cursos serão realizados em Cuiabá, no prédio da Faculdade Mato Grosso – UNIASSELVI, localizado na Avenida Fernando Correa da Costa, 374, Bairro Poção, em frente ao Colégio Master.

 
O deslocamento será de responsabilidade da gestão municipal de Assistência Social. 

Quanto à hospedagem informamos que a gestão municipal custeará a hospedagem de 01 (um) participante, e a SETAS custeará a hospedagem de 02 (dois) participantes, conforme pactuado em reunião da CIB-MT.

O MUNICÍPIO DEVERÁ INFORMAR NO ATO DA INSCRIÇÃO QUAIS PARTICIPANTES UTILIZARÃO A HOSPEDAGEM FORNECIDA PELA GESTÃO ESTADUAL, CONFORME FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO

 
Lembrando que o cursista que receberá hospedagem da Gestão Estadual, terá direito a 5 (cinco) diárias, que correspondem aos dias de realização do referido curso, podendo ser de domingo (17/06/18) com check in a partir das 12h00min até sexta-feira (22/06/18) com check out até 12h00min, ou segunda-feira (18/06/2018) com check in a partir das 12h00min até sábado (23/06/2018) com check out até 12h00min.

Desse modo é importante informar CORRETAMENTE a data de chegada no ato da inscrição para evitar constrangimentos durante sua hospedagem. As despesas com frigobar (água, refrigerantes e outros) não serão custeadas pela Gestão Estadual, assim, haverá a necessidade de previsão de custeio por parte da Gestão Municipal.

 
Também no intuito de evitar possíveis substituições e cancelamentos de inscrições, pedimos, por gentileza, que a Gestão Municipal se reúna previamente com a equipe para a indicação e posterior inscrição dos participantes

 Aos que terão sua hospedagem custeada pela Gestão Municipal divulgamos algumas
Sugestões de Hotéis próximos ao local de realização do curso.

Clique para acessar e realizar download do OFÍCIO CIRCULAR Nº 022/2018 – GAB/SAAS – Para os/as Secretários/as Municipais de Assistência Social;

Clique aqui para acessar e realizar download do OFÍCIO CIRCULAR Nº 022/2018 – GAB/SAAS – Para os/as Presidentes dos Conselhos Municipais de Assistência Social

 
A programação será enviada aos e-mails informados no momento da inscrição quando da confirmação das mesmas.

Em caso de dúvidas, favor entrar em contato com esta Secretaria de Estado nos seguintes telefones e e-mail: (65) 3613-5721 / 5723 -
capacitasuasmt@setas.mt.gov.br 

 MÔNICA CAMOLEZI DOS SANTOS MELO
 Secretária de Estado de Trabalho e
 Assistência Social

 MARILÊ CORDEIRO FERREIRA
 Secretária Adjunta de Assistência Social
 

O Desgaste Mental de Assistentes Sociais nas Relações de Trabalho (AASP Brasil)

Boa tarde,
 
Divulgamos matéria da jornalista Ana Carolina Rios, sobre a palestra proferida pela Assistente Social e Professora Damares Pereira Vicente, pesquisadora sobre trabalho e profissão da PUC-SP, em encontro comemorativo em homenagem ao dia do assistente social, cujo tema tratou a respeito do desgaste mental de assistentes sociais nas relações de trabalho.
 
Vale a pena a leitura e reflexão.
 
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O Desgaste Mental de Assistentes Sociais nas Relações de Trabalho
 
 
 
Quem é assistente social está acostumado a participar de seminários e debates nos quais a temática aborda quanto a exploração do trabalho no sistema capitalista afeta a saúde do trabalhador, especialmente o quanto o desgaste mental tem sido cada vez mais comum na contemporaneidade. É da natureza do Serviço Social a preocupação com a justiça social e os direitos dos trabalhadores. Mas, e o assistente social, como a exploração da sua força de trabalho se insere neste debate? E o desgaste mental do próprio profissional do Serviço Social?
 
Foi pensando nestas questões que a equipe da Vara Central de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de São Paulo escolheu o tema “Desgaste mental de assistentes sociais nas relações de trabalho” para o 5° Encontro Comemorativo em Homenagem ao Dia do Assistente Social, realizado no último dia 4, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista. A escolha foi acertada: Mais de mil pessoas interessaram-se pelo evento.
 
Para falar sobre a questão foi convidada a assistente social e professora Damares Pereira Vicente. Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho e Profissão da PUC-SP e do Grupo de Estudos de Saúde Mental Relacionada ao Trabalho e Direitos Humanos do Instituto Sedes Sapientiae, Damares realizou a pesquisa qualitativa “O trabalho dos assistentes sociais na área de habitação de interesse social: entre o direito à moradia e os interesses do capital”, com assistentes sociais que trabalham na Secretaria Municipal de Habitação.
 
“São cada vez mais frequentes os relatos de assistentes sociais, em várias áreas sobre a relação entre condições de trabalho e sofrimento que resultam em licenças, transferências e afastamentos por violência, assédio organizacional, demissões em massa, intensificação do ritmo de trabalho, excesso de responsabilização e desqualificação do trabalho”, expôs. “O número de inscritos para esta palestra indica que este tema precisa ser tratado”, completou. Para a professora, o assistente social fala sobre as outras categorias, mas não fala da sua própria e isso é um sinal de que há alguma coisa errada.
 
A professora explicou que neste sistema de exploração capitalista o trabalhador está sempre em desvantagem, pois as condições de trabalho são sempre desfavoráveis. E neste ciclo “nós sofremos e fazemos sofrer e vamos embrutecendo, como forma de defesa contra o desgaste”, disse. Para ela, não se discute mais o trabalho e suas relações e as pessoas vão ficando cada vez mais isoladas.
 
E no Serviço Social não é diferente. A pesquisa constatou que o confronto cotidiano com a precariedade das condições de vida da população já é em si um sofrimento para os profissionais. Soma-se a isso a violência institucional e a falta de condições de trabalho. Existe uma divisão do trabalho e de prestígio na categoria entre os profissionais concursados estatutários, os concursados, mas contratados pelo regime da CLT, os terceirizados e até mesmo quarteirizados. Os trabalhadores de “primeira” categoria, considerados pelo senso comum como detentores de mais conhecimento, trabalham em condições menos precarizadas e os contratados pelas gerenciadoras são considerados de “segunda” categoria. A pesquisa também mostrou que o cotidiano é marcado por violações de direitos, humilhações e constrangimentos. Entre as dificuldades apontadas pelos profissionais estão: falta de local apropriado para refeições; desrespeito aos horários de alimentação; ausência ou inadequação de banheiros nos canteiros de obras; escassez de material básico, como telefones e computadores; a ausência de locais adequados para atendimento; apedrejamento dos locais de atendimento por moradores descontentes e o convívio com ações desencadeadas pelo tráfico de drogas.
 
Outro sintoma presente na pesquisa e que segue a tendência nas diversas relações de trabalho foi o relato de várias e persistentes situações de assédio moral. De acordo com seus estudos, faz parte da precarização do trabalho a subalternização do trabalhador alvejando persistentemente sua autoestima e autoconfiança a ponto de implantar dúvidas sobre sua competência e capacidade. Este mecanismo impede que o trabalhador se posicione e denuncie, além de impedir a articulação e solidariedade entre os profissionais.
 
 
Fonte: AASP Brasil